Present Simple: Como aprender a usar segundo a linguística.
Hello, hello!
Hoje gostaria de falar sobre mais um tema que nós associamos à gramática: o presente simples – Present Simple.
Mas antes, queria fazer um breve comentário sobre aspectos da língua. Noam Chomsky, um dos mais importantes linguistas do mundo, diz que há 3 elementos fundantes de uma língua: a sintaxe, a semântica e a fonologia. A sintaxe estuda como as frases de uma língua são concatenadas para criar sentido; a semântica estudo o sentido das palavras; já a fonologia, o que o meu método foca, estuda o “som” da língua.
Já o que muitas vezes os métodos tradicionais dizem ser Gramática, está ligado à morfologia, ou seja, à classificação das palavras. Mas a morfologia, até mesmo segundo Chomsky, não é uma parte elementar da língua.
É por isso que, mesmo quando vou ensinar temas que foram dados pela gramática, como Present Simple, sempre vou focar em algum do elementos destacados por Chomsky: sintaxe, semântica, ou fonologia. Mas ainda assim, eu procuro sempre dar um enfoque especial em fonologia.
(Noam Chomsky, linguista fundador do Gerativistmo.)
Bom, e agora voltando ao Present Simple…
Apesar do nome, não é um verbo assim tão simples!
E geralmente as escolas ensinam logo nas primeiras aulas.
Por isso, vamos hoje olhar para esse tempo verbal tão importante para a comunicação, a partir dessas três vertentes que Noam Chomsky nos propôs.
A semântica do Present Simple, ou seja, o sentido dessa conjugação, é na maioria das vezes usado para para falar de um presente generalizado. Algo que seja rotineiro, alguma regra ou algo que acontece sempre:
“the human being eats apples” (o ser humano come maçãs),
“I walk in the mornings”, (eu caminho de manhã),
“the earth rotates 360 degrees every day” (a terra gira 360 graus todos os dias).
Já para a fonologia do Present Simple, vale a pena focar na conjugação do S. Lembra dela?
Usamos a forma nuclear de um verbo no presente simples, ou seja, a forma básica. “To walk” = caminhar. “I walk”, eu caminho.
Mas para os sujeitos “he, she, it” (ele, ela, isso/coisa), acrescentamos um S ao final.
“She walks.”
E precisamente esse S que vamos praticar com o Present Simple!
As palavras inglesas que terminam com S, pela ortografia, muitas vezes são pronunciadas com o som de Z. Esse é um fenômeno de vozeamento do S, ou seja, dizer S tremendo a garganta, é transformá-lo em um Z.
Mas quando esse fenômeno acontece? Quando o fonema anterior ao do S for também vozeado (sua cordas vocais tremem).
Por exemplo:
- “Walk” termina com /k/, um fonema desvozeado. Assim, o S continua sendo /s/ – “she walks.”
- “Run” termina com /n/, um fonema vozeado. Portanto: “she run/z/.”
- “Fly” /flaɪ/, voar, termina com o fonema vozeado /ɪ/. Portanto: “A bird flie/z/”, um pássaro voa.
O mesmo acontece com o DO, que para he, she, it vira DOES, tirando o S que o verbo carregava antes.
Como é antes de um fonema vozeado, a palavra é pronunciada com /z/, ficando “doe/z/” – /dʌz/.
Usamos o DO e o DOES em perguntas e negativas.
- Nós andamos? – “do we fly?”.
- Um humano não voa – “a human does not fly”, does = /dʌz/
- Um humano corre? – “does a human run?” does = /dʌz/.
Assim, podemos brevemente pensar na sintaxe do Present Simple: o DO e o DOES são sempre colocados no início apenas para indicar uma pergunta, mas não possuem um significado específico.
Vale lembrar que, no caso do inglês, a sintaxe é o que menos devemos nos preocupar, uma vez que geralmente é bastante parecida com a do português.
Essas são as diretrizes básicas do Present Simple. E também é tendo em mente esses três elementos que devemos sempre estudar uma língua, para que tenhamos o melhor desempenho possível na nossa curva de aprendizado.
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