Você é brasileiro? Parabéns, vai ser mais fácil falar Inglês!
Hello, guys! Aqui é o Felipe Espinosa e hoje quero falar sobre um assunto super científico, mas que pode te surpreender bastante e acabar sendo uma motivação para a sua jornada na fluência do inglês.
Se você é brasileiro e quer aprender a falar inglês, parabéns! Pode ser muito mais fácil de você falar fluente em inglês se você souber de alguns conceitos da linguística e fonologia.
Já ouviu falar no termo Motricidade? Provavelmente não, certo? Trata-se de um conceito bem específico da ciência e que os estudos linguísticos se utilizam. Motricidade tem a ver com o movimento intencional de um ser humano: todo tipo de movimento voluntário que uma pessoa faz, tornando evidente uma série de expressões próprias do ser humano: gestual, verbal, cênica, plástica, etc…
Esse movimento intencional é, portanto, eivado de objetivos que querem ser eficazes: para que eu me desloque de um lugar a um outro, aprendo a engatinhar e depois a andar, e depois a dirigir um carro.
Da mesma forma, para que outra pessoa entenda que eu quero comer, aprendo a gritar, depois aprendo a falar uma palavra e depois uma frase completa e detalhada, que pode dizer “quero comer salmão com molho de maracujá…”
A motricidade, portanto, olha para esses movimentos que fazemos e que possuem uma intenção (falar, escrever, andar, gesticular, cantar). E é claro que vamos focar aqui na motricidade de falar uma língua.
Entender esse conceito, a meu ver, é essencial na hora de ensinar uma língua estrangeira para que se consiga não apenas absorver o conteúdo, mas de fato poder usá-lo e colocá-lo em prática: em outras palavras, chegar à fluência de um idioma.
A motricidade da fala de uma língua, é algo que aprendemos pelo contexto socio-cultural no qual estamos inseridos, e é por isso que podemos pensar em uma motricidade específica do inglês e uma outra do português. Ou seja, movimentos específicos que a nossa boca faz para que consiga se comunicar perfeitamente em uma língua.
Esses movimentos específicos acabam por formar a nossa musculatura no período crítico de aprendizado (aproximadamente até os dez anos). E é por isso que nós teoricamente temos mais facilidade de falar o espanhol do que o inglês, por exemplo, uma vez que a língua inglesa apresenta mais “movimentos bucais” que não existem no português.
Mas e agora, o que fazemos com todas essas informações? Simples! Vendo especificamente as diferenças entre as duas línguas sob esse ponto de vista, dos movimentos, conseguimos focar naquilo que mais nos impede a chegar na fluência da fala do inglês.
Vamos ver um exemplo clássico:
As palavras, “livre”, “três” e “árvore” em inglês. Muitas das vezes, nós, falantes do português, fazemos uma grande confusão entre essas três coisas: free, three, tree.
E isso se deve especificamente por causa do -TH em three /θri:/
Esse som do TH, /θ/, exige um movimento bucal, não existe na língua portuguesa! O mais próximo que temos disso é o T ou F, por isso que tendemos a falar livre ou árvore quando queremos dizer três….
E pensar na motricidade de cada língua falada, é um trabalho da fonologia, conhecimento que eu mais foco no meu método de inglês.
Se você compreender bem quais são os “movimentos” do inglês que não existem no português, e a partir daí treinar e estudar, eu te garanto que o seu caminho à fluência do inglês vai ser encurtado em anos e milhares de reais com aulas de ensino tradicional (focado em regras gramaticais genéricas e pouca prática).
A partir desse viés, conseguimos criar um plano de estudo extremamente eficaz para pessoas como você, falante de português, baseado no seu “músculo”, ou aparelho fonador, que é bem parecido com o meu.
E agora, algo que pode te surpreender!
E depois de estudar bastante línguas com foco em fonologia, eu cheguei a uma conclusão: os falantes de português possuem uma motricidade de fala parecida com a dos falantes de inglês, o que pode tornar o processo de aprendizado muito rápido! Brasileiro fluente geralmente apresentam um desempenho na fala do inglês muito melhor que um italiano ou um chinês, por exemplo. E se você não aprendeu inglês ainda, provavelmente é porque você feito caminhos extremamente difíceis, a partir de regras gramaticais que mais te atrapalham e não te convidam à prática e à exposição no idioma.
E aí, vamos dominar o inglês a partir da fonologia?
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