Comparativo do Inglês: dica de fonologia para ficar mais fácil e fluido.
Hey guys! Vamos praticar o Comparativo do Inglês?
Esse será o tema desse artigo e, para quem me conhece, já sabe que vamos dar o foco no
inglês falado a partir de técnicas e conhecimentos da fonologia.
Nos meus artigos, eu gosto sempre de reforçar dois elementos fundamentais do meu método
de ensino: prática e fonologia. Ou seja, colocar a prática de uma língua antes de qualquer
teorização ou regra gramatical; mas fazer uma prática fundamentada na fonologia, estudo dos
sons do inglês. São dois pilares fundamentais para se chegar à fluência na fala de uma língua.
Fora isso, ainda temos a didática e a revisão, que fazem com que a curva de aprendizado
seja muito menor.
E quando se pensa no tema dos comparativos, imediatamente associamos com regras
gramaticais. Tanto alunos que já estudaram na escola ou em cursos tradicionais, quanto a
maioria dos professores. Isso é compreensível, uma vez que, para se fazer uma comparação
entre duas coisas ou duas pessoas, temos uma regra básica. Dizemos more than… ou -er
than… de acordo com o tamanho da palavra que está sendo usada como comparrativo.
Por exemplo, “o Brasil é maior que a Argentina”, fica Brazil is bigger than Argentina.
Já na frase “O Rio de Janeiro é mais bonito que São Paulo”, dizemos Rio de Janeiro is more
beautiful than São Paulo.”
Ou seja, para as palavras pequenas, com uma sílaba, como Big, usamos a regra do -er than, e
para as palavras grandes, com três sílabas, Beautiful, aplicamos a regra do more… than.
Perfeito. Essa é a regra gramatical que encontramos em todos os métodos tradicionais.
Mas aprender apenas por esse viés pode acabar sendo pouco intuitivo e mais demorado
quando se trata de praticar. Além disso, há diversas exceções que fogem dessa regra no uso
cotidiano… Quando se trata de cores, por exemplo, é bastante comum se dizer more yellow
than, ao invés de yellower than (mais amarelo que).
Inclusive em um dos meus vídeos de Decoding, mostramos as regras gramaticais sendo
quebradas pelos próprios nativos. No caso, o famoso Tony Stark falando “errado” segundo os
teachers tradicionais…
A série Decoding são vídeos que gravei dedicados exclusivamente à compreensão de falantes
nativos do inglês, a partir de filmes. Analisamos sempre do ponto de vista da fonologia,
colocada em prática. Confira aqui!
Ou seja, com essas breves explicações, chegamos à conclusão de que mesmo aquela regra
tão categórica do comparativo, não se aplica sempre na vida real dos falantes de inglês. Por
isso, não se prenda tanto a essas regras, pois elas acabam sendo mais úteis para fazer
aqueles exercícios de múltipla-escolha de provas…
Já imaginou você, se comunicando em inglês, e tendo que processar cada palavra para saber
se ela tem 1 sílaba, ou três sílabas, e aí usar o -er ou more? E na verdade isso acontece muito.
As regras gramaticais podem nos ajudar às vezes, mas só aprender por elas, pode nos colocar
no mindset do inglês travado… Quando você sabe muitas regras, estudou muitas teorias, mas
não praticou a sua “boca”, não fez os seus músculos trabalharem para falar fluentemente.
Por isso, aqui não seria diferente de todas as minhas aulas, vídeos e artigos. Vamos focar na
fonologia e na prática. Eu separei alguns casos do comparativo que são mais difíceis para
falarmos e, por isso mesmo, se você focar nesses casos, vai sentir que os outros ficarão mais
fáceis de serem assimilados.
Dica para Praticar o Comparativo a partir da Fonologia
Já falei antes sobre o fonema agma, representado pelo seguinte simbolo: ŋ.
No inglês, as letras NG na ortografia (young, wrong, learning) formam tal fonema.
Vamos hoje então ver alguns casos de comparativo com o -ng, ou Agma, uma vez que trata-se
de um dos fonemas mais difíceis de serem pronunciados por falantes de português.
Vamos pensar nas palavras young (jovem), long (longo) e strong (forte).
A agma é difícil pois não se trata do som de um G tradicional, de modo que não dizemos
younGUI, ou lonGUI.
Para pronunciar o fonema agma (ŋ), você vai usar a parte mole do céu da boca – na
campainha, ou vulva, perto da garganta. Deve fazer com que a parte de trás da língua
pressione a campainha, esmagando ela. É como se fosse produzir o som do G, como Manga,
mas parasse antes de sair o G: e aí você solta só um “gemidinho”. Ou a palavra Banco: pare
antes de pronunciar o C, soltando um leve "gemidinho" e vc terá o som do agma.
Tente reproduzir esse som!
Tendo essa explicação em mente, como diríamos younger than (mais jovem que)?
Com a fonema do agma, ou do G (younGUer than)?
Também, nesse caso, a pronúncia continua sendo a do agma. Isso é, o som do G não sai igual
do jeito tradicional, ainda que seja pronunciado. E esse é um erro muito comum, mesmo para
teachers brasileiros! Sempre ouço dizerem I’m younGUEr than you… (sou mais jovem que
você) sem usar o agma.
Agora tente praticar esses três comparativos com agma a partir da fonologia!
My arm is longer than my hand
(Meu braço é mais longo/comprido que minha mão)
She’s stronger than her sister
(Ela é mais forte que a sua irmã)
My father is younger than his brother
(Meu pai é mais jovem que seu irmão)
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