O Caminho mais Natural para a Fluência no Inglês
Aprenda como identificar, entender e falar os sons que mais fazem os brasileiros desistirem de ser fluentes.
Hello, hello, everyone! Vamos para mais um conteúdo exclusivo desenvolvido pelas minhas pesquisas? Mas claro, voltado totalmente para as necessidades de quem quer ganhar fluência de verdade no inglês.
Bom, para quem não sabe, minha metodologia de inglês tem um foco especial para a Fonologia, ou seja, o estudo da pronúncia e dos “sons” da língua inglesa. A fonologia é a primeira base do meu método. E por quê? Simplesmente porque acredito que estudar a fundo uma língua pela oralidade seja o caminho mais efetivo para se ganhar fluência para se comunicar no idioma. A não ser que você queira aprender Latim (língua que só temos registro escrito), ou que você queira fazer estudos acadêmicos na área de etimologia, filologia ou áreas similares, aprender um idioma pela gramática escrita é um caminho muito mais árduo e artificial.
O ser humano se comunica pela fala desde os primórdios de sua evolução (meio milhão de anos atrás); já pela escrita, apenas nos últimos 100 mil anos – e de forma massiva, e disseminada pela maioria da população, apenas nos últimos 200 anos!
Assim, podemos dizer que aprender um idioma pelos sons, é o caminho ideal para a fluência! E para isso, temos o estudo da Fonologia, que vai nos ajudar muito nessa jornada.
E uma das estratégias para começar a praticar essa habilidade de falar em outro idioma, é começar a pensá-lo em comparação com a sua própria língua mãe. Ou seja, pensar quais fonemas (unidades de “sons”) que são usados (e muito) no inglês, e que não existem no português. Dessa forma, fica mais fácil praticarmos diretamente aquelas palavras que provavelmente temos (nós, brasileiros) mais dificuldade de falar!
Vamos lá?
Existem 10 fonemas que não utilizamos no português. Podem ser divididos entre vogais e consoantes. Hoje, vamos aprender as vogais que não existem no português.
VOGAIS
/ə/
Schwa
Essa é simplesmente a vogal mais usada na língua inglesa. E que nós não temos no português. Então se você não conhecia esse som, certamente estava pronunciando a maioria das palavras do inglês de forma “errada”.
Por outro lado, esse fonema é muito fácil de se fazer: deixar a boca bem relaxada, abrir minimamente a boca, e soltar um som, entre o nosso A e E. É um “pequeno resmungo”.
Escute:
Temos milhares de exemplos desse fonema, e basicamente qualquer vogal (na escrita) pode ter esse som. Vou deixar exemplos para você tentar adivinhar onde está o schwa, e falando a palavra. Em seguida, ouça o áudio e pratique de novo. (:
Exemplos:
Brazilian
Minute
About
Again
Petition
/ʌ/
Caret
Esse fonema é pronunciado como um Ó, do português, mas com os lábios relaxados.
Ouça:
A famosa palavra amor em inglês não é dita com Ó – “Lóve” –, mas com o caret!
Vamos praticar?
Cup;
Double;
Stuff;
Above;
Country.
/3/
Vogal média central roticizada
Esse fonema é um tanto ambíguo de se falar, pois até mesmo os teóricos encontram mais de uma explicação. Mas podemos pensar que é igual ao caret, /ʌ/, porém com com o R caipira no final. O termo “roticizado” nada mais é do que o tal R caipira.
Ouça:
Alguns exemplos:
Bird;
Learn;
Search;
Firm;
Occur;
Nerd.
/ʊ/
Ferradura de cavalo, ou U curto
No inglês, diferentemente do português, há duas possibilidades fonéticas para a letra U. Uma delas, é igual ao que usamos, o U longo – blue, cuja letra U tem a mesma pronúncia do U em Lua. Mas no caso da palavra book, não falamos como sendo bÚÚÚk. Sempre nos dizem que oo tem o som de U, mas não é qualquer U, e sim, o da ferradura de cavalo.
Para pronunciar esse U curto, basta relaxar os lábios, sem o “biquinho”.
Ouça:
Tour;
Put;
Look;
Could;
Full.
/I/
Vogal alta anterior não arredondada
Esse talvez seja o fonema os brasileiros mais erram na hora de falar! Pois, assim como o U, o I, no inglês, tem duas variações. Isso é o que difere as palavras “esse”, e “esses”: this X these. A primeira, this, é feita com essa vogal alta anterior não arredondada.
Ouça:
É um fonema muito próximo do E do português. Mas fica no meio caminho entre o I e o E. Você deixa os seus lábios na mesma posição que o som do E, como em “mesa”, mas pronuncia um I.
Big;
Lisp;
Lit;
Hit;
Been;
Minute;
Weird.
/æ/
Aesch
Para essa vogal, faça um “É” com a boca, mas na hora de emitir som, faça um “A”. É muito sutil para perceber a diferença! Mas fica bem no meio entre o É e o A.
É o que difere as palavras beg (implorar), e bag (bolsa). Nesse caso, a vogal asch está em bag. Na maioria das vezes, está na letra A da escrita. Mas para saber outras ocorrências, só pela prática! Então vamos lá?
Bad;
Man;
Dad;
Laugh;
Pan;
Salmon.
/ɑ/
Vogal baixa posterior não arredondada
Essa talvez seja ainda mais difícil de perceber! É quase o “A” do português, mas um pouco mais relaxado, quase virando um “Ó”. A palavra bar, em inglês, não se diz como bar em português (ou seja bÁr).
E nem mesmo o famoso are do verb to be, é dito como Árrrr….
Ouça o fonema:
Ou seja, bem entre o Ó e o A.
Tente com essas palavras!
Calm;
Father;
Dollar;
Gone;
Bother.
E aí, deu para pelo menos entrar um pouco no universo dos fonemas do inglês? Pois é! É assim que a língua inglesa funciona com as vogais! Ou seja, com muitas outras variações do que no português. Mas pode ficar tranquila, pois aprender pela fonologia acaba sendo muito mais prazeroso e mais rápido do que por regras decorebas gramaticais (que afinal de contas sempre possuem exceções…).
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