Ser fluente em Inglês: O que é isso e como conseguir?

Hello everyone! Aqui é o Felipe Espinosa, e hoje vou trazer mais uma matéria sobre o inglês para que você expanda os seus conhecimentos e te ajude a ficar mais próximo da fluência

Estava fazendo umas pesquisas sobre “o que é ser fluente” e me espantei com a quantidade de propagandas enganosas a respeito de aprendizado do inglês, e inclusive acredito que parte da frustração que nós, brasileiros, sentimos, vem muito por conta de “mitos” que construímos para nós mesmos. Um deles, é a comparação com o falante de inglês nativo. Alguns cursos chegam a afirmar que você vai falar inglês igual a um nativo, e apenas em 15 dias! Ou então um teacher diz que vai te dar as dicas ultra secretas que vão te fazer passar por um nativo em um vídeo de 10 minutos… 

Isso é simplesmente absurdo! Tanto do ponto de vista pedagógico (é uma estratégia que claramente não dará certo), quanto do ponto de vista psicológico (isso só faz pensarmos que somos “inferiores” a um falante nativo). 

Todas essas propagandas extremistas e dicas milagrosas que somos diariamente bombardeados, ficam cada vez mais longe do fator fluência. São discursos feitos para impressionar à primeira vista e fazer com que você pague alguma coisa; mas a longo prazo servem apenas para a frustração de não ter conseguido chegar à fluência desejada. 

Quando aprendemos uma língua, o mais importante é poder entender o que um falante diz, e conseguir fazer-se entender. Muito antes de saber se expressar com frases super formais, falar super rápido, ou escrever bem…. Essa demanda da comunicação falada é o essencial. E a língua é a ferramenta para tal. 

É por isso que quando desenvolvi o meu método, o Spoken Method, não estava preocupado em fazer você, uma pessoa brasileira, conseguir falar o inglês igualzinho um nativo… Isso é praticamente impossível, e se você for com esse mindset, pode acabar se frustrando. Até mesmo eu, um especialista em línguas e fonologia, tenho um inglês que em alguns aspectos se diferencia do de um nativo. 

Isso acontece porque nossos “músculos” da boca – o aparelho fonador – tornam-se moldados em uma determinada língua depois do período crítico (mais ou menos até os dez anos de idade). Podemos perceber isso quando vemos algum “gringo”, mesmo morando há décadas no Brasil, falar qualquer coisa em português. Ainda que tenha um excelente português e consiga comunicar ideias de forma tão complexa quanto nós, logo notamos algumas pequenas diferenças e tons da fala que mostram que a pessoa não é um falante nativo da língua. E isso não quer dizer que a pessoa fala “mal” o português! Pelo contrário, provavelmente ela não teve a preocupação de querer ser um “nativo”, mas sim, conseguir se comunicar bem, sem medo de errar no começo. 

Por isso, saiba duas coisas: (1) provavelmente um falante de inglês nativo sempre reconhecerá que você não é nativo (assim como nós percebemos quando alguém não é do Brasil); (2) não é por isso que vão te achar alguém inferior (a não ser que a pessoa seja extremamente xenofóbica) muito pelo contrário: pelo fato do inglês ser a língua mais comum no mundo, falantes de inglês estão acostumados a se comunicar com pessoas de diversas nacionalidades. Basta você saber se comunicar com fluidez. 

Bom, e com isso podemos chegar a algumas conclusões. Ser fluente em inglês, não é ser igual a um nativo. Ser fluente, é saber se comunicar bem (entender e ser entendido), e com naturalidade. E para que você atinja esse nível de naturalidade, precisa praticar, praticar e… praticar! Mas focando no essencial, e não se entuchar de conteúdos! 

Mas se eu nunca falarei igualzinho a um nativo, qual é o sentido de estudar as pronúncias e, mais ainda, a fonologia

Se você não sabe, o meu método é baseado totalmente em conhecimentos da fonologia, que estuda em profundidade a pronúncia de uma língua. 

É aí que vem o pulo do gato! 

A fonologia estuda o sistema sonoro de uma língua, mas do ponto de vista da comunicação. Assim, estudamos os sons (fonemas) que formam unidades capazes de diferenciar significados. E por que tenho que seguir esse caminho da fonologia? Porque assim conseguimos estudar apenas os sons que são de fato fundamentais e que moldam a língua inglesa, ou seja, a essência da língua e, a partir daí, conseguir praticar

No fundo, o meu método baseado na fonologia, é uma sistematização para que você entre em contato com os “sons” e os mecanismos do inglês, para conseguir praticar com o máximo de performance, consistência e eficiência. 

Por um lado, é um método totalmente diferente dos tradicionais, que você precisa ficar decorando um monte de regras, ficar escrevendo e lendo, mesmo sem conseguir falar o básico; aqui, você vai ser levado a praticar a fonologia do inglês, de modo orgânico e contínuo. 

Por outro lado, garanto que mesmo a pessoa totalmente leiga, que não sabe absolutamente nada de inglês, pode conseguir chegar à fluência da língua com prática constante: conseguir compreender pessoas falando, e se comunicar em diversos contextos, fazendo-se entender. 

Por isso eu digo: se você quer aprender inglês para comunicação na vida real, a fonologia é o melhor caminho para conseguir praticar com consistência e chegar à fluência na fala. 

Com a fonologia, você consegue: 

  • Focar nos sons que nós mais temos dificuldades; 
  • Aprender a pronunciar todos os sons que existem no inglês, facilitando a fluência; 
  • Destravar o inglês; 
  • Ter facilidade em entender tudo o que um falante de inglês diz, uma vez que você está acostumado com o funcionamento dos sons; 
  • Tornar a comunicação muito mais rápida e mais facilmente assimilável, evitando confusões como sheet (lençol, ou folha), e shit (cocô…).