POLUIÇÃO DE INFORMAÇÃO

Hello everyone!

Esse artigo é dedicado àqueles e àquelas que querem aprender a falar inglês o quanto antes e o melhor possível. Aos alunos e às alunas dedicados e atentos a tudo o que dizem sobre aprender uma língua.

Cuidado!

O mundo quer, a toda hora, te devorar com informações em e-books, podcasts, vídeos e propagandas sobre como falar inglês rapidamente…

Não raras vezes, eu mesmo, acordo em um belo dia e me vejo bombardeado por uma avalanche de informações nas mais diversas mídias, com as mais diversas pessoas falando pra você o que acham que é o melhor, e qual é o caminho mais confiável para se ter determinado resultado…

É como se fosse um mar inundado de águas poluídas. Vinte anos atrás, estávamos em um deserto de informação. Era difícil achar qualquer 10mL de água potável. Hoje, com o advento da internet, qualquer pessoa com Wifi ou 3G consegue emitir um juízo de valor sobre o que é bom ou ruim ao se aprender um idioma.

De um deserto sem água, a um oceano inundado e poluído: dois lados da mesma moeda. Qualquer amador ou sabichão, pode sair falando o que bem entende a respeito de tudo. E com o inglês não seria diferente… Agora, o seu desafio é encontrar o seus 10mL de água, nesse enorme oceano. Os 10mL que você sabe que de fato funcionam, que que você pode confiar.

Eu, por exemplo, sou um maratonista, então sempre ando pesquisando coisas sobre – tênis, cronômetro, estradas, comidas, etc… Mas se eu começo a ouvir tudo o que os personal trainers têm a me dizer, eu fico louco e absolutamente não evoluo em nada!

Sabe o por que? Poluição de informação, pouco foco e pouca prática real.

E todo mundo tem sempre uma opinião certa ou melhor ou genial sobre as coisas – as famosas certezas das pessoas. E na moral, como é chato às vezes só ficar ouvindo tudo isso e você se perceber no meio dessa avalanche de informações e ainda não ser um “maratonista profissional” – ou… um “falante fluente de inglês…”

Perto das soluções mirabolantes de milhares de professores geniais, você acaba ficando extremamente frustrado.

Felipe, eu só queria me comunicar bem em inglês! – entender nativos e conseguir ser entendido!

Mas não. Eu preciso passar por milhares de informações inúteis, vídeos explicativos de professores pedindo like, teorias divergentes, qual é o melhor sotaque, por que falamos errado, etc…

Eu me vi em uma situação parecida, nesses dias: estava ouvindo dezenas de personal trainers, e percebi como cada um deles falava algo divergente, e eu não chegava nunca em uma resolução final.

Mas aí eu me lembrei do aprendizado de um idioma, com todo o conhecimento de linguista que eu tenho, respirei fundo, e pensei:

Ok, não adianta ficar querendo encontrar a fórmula mágica da maratona. É preciso fazer. É preciso levantar da cadeira, calçar um tênis e começar, a partir de onde eu sei e das minhas limitações.

Só assim, na prática real, é que minhas dúvidas reais e dificuldades reais vão vir à tona, e aí sim, poderei melhorar.

E pra você, que está nessa jornada da fluência, o que fazer diante desse universo poluído de informações?

Respirar, entender o seu momento atual e ter foco. Só assim, começar a praticar.

Não saia desesperadamente querendo falar um inglês perfeito amanhã!

Tenha paciência e foco.

Prefira a constância, do que o “intensivão” exaustivo.

(Isso nunca dá certo… Até mesmo em “intercâmbios relâmpagos” você pode acabar torrando dinheiro à toa.)

Vá fundo em uma única metodologia consistente de que você sabe que funciona, tem fundamento e é de longo prazo.

Essa é a decisão que você precisa ter, caso não queira enlouquecer na selva da internet, cheia de armadilhas e pessoas querendo lucrar a qualquer custo em cima de você. É algo estressante e só daria certo se inserirem um chip milagroso na sua mente, que implementaria o famoso “inglês fluente em duas semanas”…

Mas não. Prefira o que dá certo de verdade.

Respire fundo e comece a sua prática.